Seremos substituídos por máquinas ou algoritmos de inteligência artificial no local de trabalho? A realidade é que é provável que algumas profissões hoje bastante consolidadas possam desaparecer ou a sua procura seja bastante reduzida devido a estes factores. Não é algo novo, vimos isso na revolução industrial, quando certos trabalhos que eram feitos manualmente foram mecanizados e os trabalhadores que os realizavam deixaram de ser necessários.
Em troca, começaram a ser necessários técnicos para administrar e fabricar as máquinas das novas indústrias. Em contrapartida, as máquinas também facilitaram maior segurança no trabalho e foram um dos fatores que favoreceram os cortes na jornada de trabalho. É claro que o momento de transição foi traumático, especialmente para os trabalhadores que eram demasiado velhos para se reciclarem.
Não temos, portanto, de olhar para o futuro com pessimismo, mas sim de tentar localizar quais as profissões que poderão ser mais procuradas dentro de alguns anos e concentrar os jovens na preparação para o seu desenvolvimento. Por exemplo, as energias alternativas são um dos sectores em expansão e serão necessários muitos técnicos, operários e especialistas para trabalhar em empresas como a especializada em geotérmicos Aveiro. Estes empregos são, em muitos casos, muito novos e contam com pouco pessoal especializado, normalmente com formação profissional superior para chefiar equipas de trabalho ou nível universitário para trabalhos de investigação e desenvolvimento. Devido à escassez de pessoas qualificadas, é relativamente fácil encontrar trabalho, especialmente quando mais empresas começam a surgir neste sector à medida que a procura aumenta.
Nos sectores com menor grau de especialização, que costumam ser os primeiros a serem suplantados pelas máquinas, encontramos também domínios em que a acção humana será sempre essencial. Por exemplo, no cuidado dos idosos. Um sector em que existe uma necessidade cada vez maior de pessoal com formação específica, normalmente de grau médio de formação profissional, uma vez que as pessoas vivem mais e necessitam de ajuda, tanto em casa como nas residências.
Em geral, os estudos de formação profissional estão a ser orientados para as profissões com maior procura de pessoal, para garantir que os alunos saiam com grandes probabilidades de encontrar um emprego na área em que se formaram.